Pessoas inquietas... Cansaço... Enfado... Rostos inconformados... Tristeza... Irresponsabilidade... Despercebimento... Gritos de crianças... Conversas paralelas e concorrentes... Desleixo... Você poderia decifrar qual lugar estou falando? Seria uma praça pública?! Ou um parque de diversão?! Ou... Sei lá, um lugar comum?! Não, é o lugar onde os cristãos cultuam ao Senhor dos Exércitos, Deus, Jesus, a quem eles chamam de Rei.
Conformados... Frios... Desanimados... Caluniadores... Corruptos... Palavras torpes no falar... Impureza... Imoralidade... Avarentos... Corações cheios de ódio e maldade... Arrogância... Quem são esses desajustados? Você poderia me ajudar a discernir? Poderia dizer, de cara, que são os perdidos deste presente século sem moral e conduta. São os pecadores deste mundo que jaz do maligno. Ou será os perversos que estão destinados a morrer e queimar no fogo do inferno? Não, são os cristãos da sociedade moderna, aqueles que estão iludidos por falsos mestres como o dinheiro e a imoralidade. São os que se dizem sal da terra, sim, os que são tidos como luz do mundo... É isso mesmo, aqueles que dizem que vão morar no céu, e por incrível que pareça, são os que proclamam por aí que amam muito a Deus e que sem Ele nada é. Ajude-me... Sem Deus eles não são nada... Então... São alguma coisa no presente momento? Pois essa pouca vergonha não tem nada a ver com o evangelho que vejo descrito nas páginas do livro sagrado.
Nunca encontrei na Bíblia, que é o livro que ensina os cristãos a viver, que seria de qualquer jeito que se conquistaria o ceu. Muitos estão sendo enganados por sua ganância e imundícia. Talvez por alguns serem de idade avançada, achando que sua experiência de vida pode consertar seus tortuosos caminhos. Pobres coitados! Enganados! Será que o mais importante é visitar uma igreja? Será que isso basta para conquistar o descanso eterno? Infelizes! Não passam de pobres coitados confundidos pelo mundo, inclusive, são parecidos com ele. Ignoram esta verdade: “Se morrestes com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos sujeitais ainda a ordenanças, como se vivêsseis no mundo” (Colossenses 2:20). Será que esqueceram que “a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” (Tiago 4:4)
Em nenhum momento de sua vida Jesus obrigou pessoas a o servirem, pelo contrário, suas palavras eram desafiadoras, cortantes como uma espada. Todos que o seguiam sabiam o que os esperava, muitos inclusive desistiram, outros quase o fizeram, até mesmo seus mais íntimos amigos, chamados de discípulos. Todos os que o seguia foram chamados para isso. Não é cabível, hoje, um bando de víboras venenosas professarem uma fé que nem mesmo conhecem. Templos lotados, mas cabeças vazias, pensamentos podres, ignorantes em relação ao conhecimento daquele ao qual chama Senhor e Rei. Preocupados com seus próprios umbigos... Falsos! O mandamento diz que deve-se amar o dono do Reino sobre todas as coisas e os conterrâneos como a si mesmo, mas quantos sabem o que significa isso? Poucos.
O Reino de Deus não é uma ilusão, ou uma fantasia, muito menos uma ficção. Ele é mais real do que pensamos: “Se, pois, fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra; porque morrestes, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.” (Colossenses 3:1-3)
Para viver nesse Reino é preciso morrer, se desfazer dos pensamentos e negócios desta vida: “Nenhum soldado em serviço se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra.” (II Timóteo 2:4)
Devemos tomar vergonha na cara! Todos Devemos nos arrepender enquanto temos tempo. Até quando brincaremos?
Agora, incluído em todos os assuntos descritos, continuarei minha luta para não ser pego em falta. Despertei o leão, mas não sou o mais capacitado para vencê-lo. Contudo, há promessas irrevogáveis para os que amam de verdade o Reino, não para os impostores, mas para os filhos do Rei, promessas de perdão, de companhia, de cuidado... “A vós também, que outrora éreis estranhos, e inimigos no entendimento pelas vossas obras más, agora contudo vos reconciliou no corpo da sua carne, pela morte, a fim de perante ele vos apresentar santos, sem defeito e irrepreensíveis, se é que permaneceis na fé, fundados e firmes, não vos deixando apartar da esperança do evangelho que ouvistes, e que foi pregado a toda criatura que há debaixo do céu” (Colossenses 1:21-23) Está claro, é preciso conhecer e manter-se firme no conhecimento e ter sempre a esperança do evangelho. Não sou perfeito, apenas tenho as promessas do Rei... Não sou justo por minhas práticas ou idade, mas pelo sangue derramado na cruz.
Quem é você? Onde se encontra você agora?
Discípulo do Rei ou um menino “reinando” no que não conhece?
Missionário Amilton Joaquim (JOCUM-Maceió)